Rotulagem nutricional: mais informação e clareza para orientar as escolhas do consumidor

Informação ao consumidor é assunto sério. 

Quando o tema é nutrição, o cuidado deve ser ainda maior. 

É imprescindível garantir que os rótulos dos alimentos sejam claros, informativos e transparentes para que as pessoas possam decidir com consciência o que levar para casa.
Um tema tão complexo e delicado como o da rotulagem nutricional deve ser tratado com profundidade. Os produtores de alimentos, industriais ou artesanais, do campo ou da cidade, são parte fundamental na construção do novo modelo de rotulagem nutricional. 

Sua contribuição é fundamental porque são eles que diariamente alimentam os brasileiros, inovando e renovando a oferta de produtos à disposição do consumidor. 
A indústria da alimentação defende que o novo sistema de rotulagem nutricional deve ser adequado à realidade brasileira , com ênfase NA INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR. O processo não pode conduzir à escolha de um modelo alarmista, que distancia o consumidor do correto entendimento sobre os nutrientes e ISOLA O BRASIL do mercado global. Essa é a posição que os representantes da indústria defendem, coerentemente, desde o início da discussão.
O relatório preliminar de Análise de Impacto Regulatório divulgado pela Anvisa EXCLUI O MODELO PREFERIDO POR 7 ENTRE 10 BRASILEIROS, segundo pesquisa realizada pelo Ibope em outubro do ano passado. Em todas as regiões do país, a predileção é por um modelo conhecido como SEMÁFORO NUTRICIONAL. Esse modelo utiliza a referência das cores verde, amarela e vermelha, como no sinal de trânsito, para classificar nutrientes presentes nos alimentos e nas bebidas. Na interpretação dos participantes da sondagem, a mensagem transmitida por esse sistema é “analise a informação e decida”.
Causa preocupação também o fato de a Anvisa ter desconsiderado subsídios e propostas da indústria ao apresentar o relatório preliminar, como a indicação da quantidade de nutrientes por porção do produto nas embalagens. O órgão ainda diminuiu o prazo para a apresentação de sugestões de 60 para 45 dias, sem motivação específica, o que dificulta enormemente a preparação de estudos que são essenciais para uma decisão com RESPALDO TÉCNICO E CIENTÍFICO.
No mais, é preciso aprender com a experiência de outros países, verificando o que deu certo e, sobretudo, evitando o que deu errado. Modelos alarmistas, como o implantado no  Chile, além de não promover a educação nutricional, restringem a liberdade de consumidores e INIBEM INVESTIMENTOS PRODUTIVOS.
A indústria de alimentos representa quase 10% do PIB brasileiro e 18% das exportações do País, com vendas anuais de aproximadamente R$ 645 bilhões. O setor emprega 1,6 milhão de pessoas diretamente e ajuda a fazer do Brasil UM DOS MAIORES PRODUTORES DE ALIMENTOS DO MUNDO.
É necessário tratar o tema da rotulagem nutricional em toda a sua dimensão, de forma técnica, cientifica e democrática para garantir informação às pessoas e evitar graves consequências sociais.

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